Walter Salles – tudo que você precisa saber
Se você curte cinema, provavelmente já ouviu falar de Walter Salles, o diretor que colocou o Brasil nos holofotes internacionais. Nascido em Rio de Janeiro em 1956, ele começou a mexer com câmera ainda adolescente, gravando curtas com amigos de escola. Essa paixão precoce acabou virando carreira quando ele estudou na Escola de Comunicações e Artes da UFRJ.
O grande salto veio em 1994 com Central do Brasil, um filme que conta a história de uma mulher que ajuda um menino a encontrar o pai no interior. O filme rendeu Oscar de melhor filme estrangeiro e foi o que fez o mundo prestar atenção no talento de Salles. Desde então, ele tem sido um dos nomes mais respeitados do cinema latino‑americano.
Início da carreira e primeiros sucessos
Antes de Central do Brasil, Salles dirigiu Terra Estrangeira (1991), um drama sobre um casal que viaja para a Europa em busca de novas perspectivas. O filme ganhou prêmios no Festival de Cannes e mostrou que ele sabia contar histórias complexas com sensibilidade.
Depois do sucesso internacional, ele co‑direcionou Diários de Motocicleta (2004) ao lado de seu irmão, Daniel. O longa narra a viagem de Che Guevara antes de se tornar revolucionário. O filme misturou aventura, política e paisagens incríveis, e virou referência para quem gosta de road movies.
Esses primeiros trabalhos revelam um padrão: Salles gosta de personagens que viajam, seja fisicamente ou emocionalmente. Ele usa a estrada como metáfora para buscar identidade, pertencimento e liberdade.
Filmes recentes e legado
Nos últimos anos, Salles tem explorado novos formatos. Em 2016, lançou O Sol da Meia‑Noite, um drama familiar que trata de conflitos de gerações e migração dentro do Brasil. O filme não teve tanto sucesso de bilheteria, mas mostrou que ele ainda curte histórias íntimas.
Em 2020, ele se aventurou na série documental com Na Busca da Luz, uma produção que investiga a relação entre cinema e memória histórica. A série estreou na Netflix e recebeu elogios por seu visual poético.
Além de dirigir, Salles também produz e ensina. Ele fundou a produtora Imago, que apoia cineastas emergentes e ajuda a levar projetos independentes ao público. Também costuma dar palestras em universidades, compartilhando seu jeito de ver o mundo através das lentes.
Um ponto curioso: Salles tem paixão por fotografia analógica. Mesmo com tudo digital, ele ainda ama usar filmes 35mm e acredita que isso dá ao trabalho uma textura que o digital não consegue reproduzir.
Se tudo isso parece muita coisa, a boa notícia é que assistir aos filmes de Walter Salles é fácil. Muitos títulos estão disponíveis em plataformas de streaming brasileiras e internacionais. Comece por Central do Brasil, depois siga para Diários de Motocicleta e veja como a narrativa evolui.
Em resumo, Walter Salles é um diretor que combina sensibilidade, aventura e crítica social em cada quadro. Seu legado vai além dos prêmios; ele abriu portas para uma nova geração de cineastas latino‑americanos. Então, da próxima vez que quiser uma história que mexa com o coração e a cabeça, escolha um filme do Salles e deixe-se levar pela viagem.