Quando Leonardo, filho ambicioso de Odete Roitman, apareceu como o principal suspeito na morte da própria mãe, a tensão nas redes explodiu.
O episódio que revelou o crime foi exibido na segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, como parte do remake de Vale Tudo. A trama, produzida pela Rede Globo, trouxe de volta o mistério que paralizou o Brasil em 1988, mas com uma pegada moderna que tem deixado os telespectadores à beira da cadeira.
Contexto histórico da trama
A novela original, escrita por Aguinaldo Silva e dirigida por Denis Carvalho, assustou o país ao revelar que Leila (interpretada por Cássia Kiss) assassinou Odete por engano. Trinta anos depois, Manuela Dias, a autora do reboot, decidiu quebrar o cânone e criar dez finais diferentes, cinco dos quais giram em torno de suspeitos totalmente novos.
Na versão de 2025, Leila volta a aparecer, mas a escritora garante que ela não será a vilã final – um detalhe que já tinha sido sinalizado em entrevistas concedidas ao CNN Brasil.
Detalhes da enquete e resultados
A própria CNN Brasil lançou uma enquete oficial logo após a transmissão. Os números são claros:
- Leonardo – 20% dos votos
- Maria de Fátima – 15%
- Celina – 14%
- Eugênio – 10%
- Marco Aurélio – 9%
- Heleninha – 9%
- César – 8%
- Leila – 5%
- Ivan – 2%
- Solange – 1%
Esses números revelam uma preferência por suspeitos ligados diretamente ao círculo familiar de Odete. Curiosamente, Maria de Fátima, ex‑nora e inimiga declarada, vem em segundo lugar, o que faz lembrar o clássico triângulo de traições da trama original.
Reações do público e bolões
Nas redes, a hashtag #QuemMataOdete explodiu em Trending Topics. Grupos de WhatsApp se transformaram em verdadeiros bancas de apostas, com famílias dividindo prêmios simbolicamente em forma de cantadas, cervejas ou ingressos para eventos da Globo.
Um exemplo curioso: a turma do escritório da Petrobrás, em Rio de Janeiro, organizou um bolão entre os colegas, cada voto valendo uma placa de “café da manhã”. O clima ficou tão tenso que o chefe acabou interrompendo a reunião para lembrar que “não é hora de discutir suspeitos, é hora de entregar o relatório”.
Alguns internautas ainda criam “última chamada” nas stories do Instagram, oferecendo vagas remanescentes para quem ainda não votou – como se fosse um leilão ao vivo.
Impacto na teledramaturgia e expectativas
O que está acontecendo agora vai além de um simples spoiler. A participação massiva do público indica que o formato de suspense clássico ainda tem força para mobilizar milhões. Como apontou o crítico de TV Luiz Fernando de Carvalho, "Vale Tudo 2025 demonstrou que mistério bem construído ainda gera água na boca do telespectador”.
Além disso, a decisão da autora de gravar dez finais diferentes abre precedentes para futuras novelas: “Se o público aceitar, podemos ter mais narrativas ramificadas nos próximos anos”, comentou Manuela Dias em entrevista ao programa “É de Verdade”.
Próximos passos e desfecho previsto
O último capítulo, programado para o domingo, 13 de outubro de 2025, promete ser "antológico", segundo o diretor de fotografia Daniel Pereira. Ele revelou que a cena do assassinato será filmada em plano‑sequência, alinhando tecnologia 8K com iluminação de estilo noir.
Enquanto isso, as apostas continuam. Como a própria remake de Vale Tudo se aproxima do final, a expectativa é que o voto de 20% para Leonardo seja suficiente para garantir seu lugar no ponto de interrogação final, mas a história ainda pode reservar um "plot twist" inesperado.
Perguntas Frequentes
Quem é o principal suspeito de assassinar Odete Roitman no remake?
A enquete oficial da CNN Brasil apontou Leonardo como o suspeito com maior número de votos – 20% do público. Ainda assim, o roteiro permite mudanças até o último capítulo.
Por que a personagem Leila não será a assassina desta vez?
Manuela Dias afirmou que, embora Leila tenha sido a assassina na versão de 1988, no reboot ela foi reescrita como vítima de um plano maior, de forma a surpreender tanto fãs antigos quanto novos espectadores.
Quantos finais diferentes foram gravados para a novela?
Foram produzidos dez finais distintos, dos quais cinco concentram-se nos principais suspeitos – Leonardo, Maria de Fátima, Celina, Eugênio e Marco Aurélio – permitindo que a produção escolha o desfecho que melhor se alinhe à reação do público.
Como os fãs estão participando da disputa?
Além da enquete oficial, os telespectadores criaram bolões em grupos de WhatsApp, Facebook e Telegram. Alguns oferecem apostas simbólicas, enquanto outros apostam em discussões ao vivo nas redes sociais, mantendo o suspense vivo até o último minuto.
Qual será o impacto cultural do desfecho?
Se o final conseguir surpreender como a versão original fez em 1988, Vale Tudo pode retomar seu status de marco da teledramaturgia nacional, reforçando a importância do suspense na TV aberta e influenciando futuras produções a apostar em narrativas interativas.
11 Comentários
Ah, o clássico grito de “Leonardo culpado” só serve pra refrescar a audiência. Todo mundo acha que a trama vai virar o jogo, mas na verdade o roteirista já tinha tudo planejado. Apontar o filho ambicioso é a fórmula mais barata pra garantir suspense. Se alguém realmente quiser um vilão, seria a própria Odete, manipulando tudo nos bastidores.
Mano, o Leonardo tá arrasando nesse papel, viu? A gente tem que dar valor pra quem se entrega. Vai que ele realmente é o culpado, né? BORA torcer pro final épico!
É imperativo reconhecer que a estrutura narrativa de “Vale Tudo” 2025 representa uma ruptura epistemológica em relação ao cânone televisivo dos anos oitenta. Ao reinstaurar o assassinato de Odete Roitman, a produção não apenas evoca o trauma coletivo, mas também subverte expectativas ao posicionar Leonardo como suspeito principal, estratégia que reflete a teoria da “cultura de interatividade”. Tal escolha está alinhada com a crescente tendência de incorporar o espectador como agente coautor da trama, conforme demonstram estudos de Bourdieu sobre o habitus mediático contemporâneo. Ademais, a decisão de produzir dez finais distintos evidencia uma abordagem de “multi‑finalidade” que, segundo o crítico Henry Jenkins, constitui a essência da narrativa transmidia. O fato de a enquete oficial apontar Leonardo com 20 % de adesão evidencia, de forma empírica, a eficácia da segmentação demográfica nas estratégias de engajamento. Contudo, não se pode ignorar que a parcela de votos distribuída entre Maria de Fátima, Celina e Eugênio sinaliza uma polarização latente que pode culminar em um desfecho inesperado. A análise dos arquétipos de poder familiar revela ainda uma dinâmica de “filho rebelde contra matriarca”, que tem raízes profundas na psicanálise lacaniana. Simultaneamente, a reintrodução de Leila como vítima, e não como perpetradora, denota uma intenção de subverter a memória coletiva e de desafiar a linearidade moral tradicional. Do ponto de vista técnico, o uso de plano‑sequência em 8K com iluminação noir no clímax promete elevar o padrão estético da teledramaturgia nacional, avançando o argumento de que a alta definição pode servir como catalisador narrativo. Por outro lado, a pressão do público em redes sociais, mediada por hashtags como #QuemMataOdete, configura um ambiente de feedback quase imediato, que pode influenciar decisões de produção em tempo real. A literatura especializada, particularmente o trabalho de Paulo Prado sobre “fandom e narrativa”, corrobora tal hipótese, apontando que a interatividade pode, em última instância, modificar a canonização de personagens. Assim, a eventual escolha de Leonardo como autor do crime poderia ser interpretada não apenas como uma consequência lógica da trama, mas como uma manifestação dos desejos inconscientes do público contemporâneo, que anseia por justiça poética dentro de um universo ficcional. A conclusão, portanto, deve ser vista através de um prisma multidisciplinar que abrange sociologia, psicologia e estética visual, reforçando a importância de se considerar o espectador como elemento ativo na construção do texto televisivo.
Leonardo? Só mais um garoto mimado na história tá tudo pronto
Se considerarmos a narrativa como um espelho da sociedade, a escolha de Leonardo como suspeito reflete nossa própria incapacidade de confrontar os medos internos. Cada voto torna‑se um ato de projeção, onde o público projeta a culpa sobre o filho rebelde enquanto ignora os monstros ocultos nas estruturas familiares. Essa dinâmica, embora dramatizada, revela uma verdade crua sobre a busca humana por culpados fáceis. Assim, o suspense não serve apenas ao entretenimento, mas funciona como um ritual de catarse coletiva, expondo as fissuras morais que habitam nosso cotidiano.
Leonardo é um vilã claramente ntão.
Esses bolões tão mais parecidos com hype market do que com fandom. No fim, é só mais um case de narrativa omnichannel.
Concordo plenamente com a análise apresentada, notadamente ao destacar a função catártica do suspense na construção da identidade coletiva. O uso de símbolos culturais como Odete Roitman perpetua um mito que transcende gerações, favorecendo a coesão social por meio da nostalgia reinterpretada. 🧐
Claro que todo mundo acha que isso é só nostalgia, mas na real o roteiro tá jogando sangue na panela pra gente ficar vidrada! Quem não curte um bom drama, né?
É lamentável observar como o público degenera ao glorificar mecanicamente um manuscrito superficial, ignorando a profunda fissura estética subjacente. Só resta lamentar essa massa de emojis e hype barato. 😒
Ah, então vamos ficar de cabeça erguida enquanto o Leonardo tenta salvar a novela. Quem diria que o drama faria a gente rir de nervoso. 🙃