
O que aconteceu?
Na sexta‑feira, 26 de setembro de 2025, o juiz auxiliar Rafael Henrique Janela Tamai Rocha abandonou o gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal. A decisão – divulgada de forma repentina – coincidiu com notícias de que o governo dos Estados Unidos teria imposto sanções ou revogado o visto de alguns profissionais ligados ao judiciário brasileiro.
Segundo fontes próximas ao STF, a motivação exata ainda não foi confirmada oficialmente, mas há indícios de que o juiz esteja enfrentando impedimentos para viajar ao exterior ou manter acesso a determinadas contas bancárias internacionais. Em entrevistas informais, colegas de trabalho disseram que o clima no gabinete ficou tenso nas últimas semanas, com a equipe se organizando para cobrir as demandas que o auxiliar costumava atender.

Implicações e contexto
A saída de um juiz auxiliar pode parecer burocrática, mas tem reflexos diretos na rotina de um ministro. Auxiliares são responsáveis por analisar processos, preparar minutas e garantir que o fluxo de trabalhos siga sem interrupções. Quando um deles deixa o cargo abruptamente, o ministro precisa redistribuir tarefas, o que pode atrasar decisões importantes, principalmente em casos de alta visibilidade.
O fato de o episódio estar ligado a sanções americanas levanta discussões sobre a autonomia do Poder Judiciário brasileiro frente a pressões externas. Especialistas em direito constitucional alertam que, embora o STF seja independente, seus funcionários podem ser alvos de políticas de sanção que afetam vistos, bens e até a capacidade de exercer funções que demandem contato com instituições estrangeiras.
Para o ministro Alexandre de Moraes, que já está no centro de várias polêmicas – desde investigações de corrupção até questões de segurança nacional – a situação adiciona mais um elemento de instabilidade. Observadores políticos sugerem que o governo brasileiro poderá solicitar negociações diplomáticas para reverter possíveis restrições, ou então adotar medidas internas para proteger seus agentes judiciais.
Enquanto isso, a comunidade jurídica acompanha de perto a repercussão do caso, tentando entender se haverá novos afastamentos ou se o STF adotará protocolos mais rígidos para evitar que sanções externas comprometam o andamento de processos críticos.