
Invasão interrompe energia e paralisa metrô no horário de pico
Na manhã do dia 26 de junho de 2025, quem tentou embarcar no metrô do Rio de Janeiro se deparou com cenas de caos, atrasos intermináveis e plataformas lotadas. Uma invasão não autorizada à via na estação Catete forçou o corte de energia em dois sentidos, afetando diretamente o funcionamento das Linhas 1 e 4 justo quando a cidade acorda e depende do transporte para trabalhar.
O fornecimento de energia só foi restabelecido às 8h23 — um tempão para quem madruga e precisa chegar até bairros como Barra da Tijuca ou Copacabana. Mesmo assim, o serviço demorou a voltar ao normal, com intervalos completamente fora do esperado durante toda a manhã. Quem costuma sair de Coelho Neto, por exemplo, ficou parado na estação Carioca após ser avisado que todos deveriam descer do trem sem previsão para seguir viagem.
Passageiros recorrem a alternativas e relatam desespero
O efeito do incidente não foi só nos trilhos. Nas plataformas, a aglomeração foi inevitável, com pessoas disputando espaço e tentando atualizar empresas e chefes sobre os atrasos. Muitos sequer conseguiam embarcar, já que os trens chegavam cheios e saíam lotados. A cena se repetiu em praticamente todas as estações centrais e de integração.
- Quem estava atrasado para o trabalho começou a se organizar para dividir carros por aplicativos. A corrida para conseguir caronas até destinos movimentados como Copacabana ou Barra fez disparar a procura por viagens compartilhadas pela manhã.
- O clima de incerteza levou muitos passageiros a buscar informações em aplicativos, painéis digitais e grupos nas redes sociais. Faltavam orientações claras sobre o retorno à normalidade.
- Pessoas que trabalham com horários rígidos, como professores, profissionais de saúde e funcionários do comércio, mencionaram o medo real de represálias por atraso, já que a explicação — problemas no metrô Rio — sequer foi novidade para gestores habituados a transtornos repetidos.
Por trás da correria, ficou evidente mais uma vez como o cotidiano carioca é refém de falhas técnicas e operacionais no transporte público. Assim que a energia foi religada, a vida não voltou ao normal: os passageiros ainda enfrentaram longos minutos de espera, sensação de insegurança e a incerteza de chegar — ou não — ao destino. Enquanto isso, a necessidade de soluções reais segue na ordem do dia para milhões que dependem do metrô para circular pelo Rio.