Inter vence Hellas Verona por 2-1 e mantém pressão na liderança da Serie A

Inter vence Hellas Verona por 2-1 e mantém pressão na liderança da Serie A

Uma vitória de última hora, fruto de um erro defensivo e da persistência de uma equipe que não desiste. O Inter Milan conquistou uma vitória essencial por 2-1 sobre o Hellas Verona no Stadio Bentegodi, em Verona, neste domingo, 2 de novembro de 2025, às 12:30 UTC. O gol da vitória veio nos acréscimos — um contra-ataque mal defendido que resultou em um gol contra — e transformou o que parecia um empate justo em três pontos cruciais na corrida pelo título da Serie A.

Calhanoglu, o motor silencioso da vitória

Não foi um ataque espetacular nem um gol de placa que decidiu a partida. Foi a inteligência de Hakan Burak Calhanoglu, o volante turco de 31 anos, que comandou o meio-campo com precisão e criou a abertura para o gol de Piotr Zielinski. O polonês, de cabeça, aproveitou um cruzamento perfeito do turco e abriu o placar aos 22 minutos do primeiro tempo. O gol, descrito pelos comentaristas do YouTube como “a beleza de Zielinski”, foi o momento mais técnico da partida.

Verona empatou aos 68 minutos, com um contra-ataque rápido que desmontou a defesa interista. O Stadio Bentegodi, com seus 39.211 torcedores, entrou em ebulição. Mas o Inter, sob o comando de Cristian Chivu, não recuou. Mantinha a posse, pressionava alto, e no minuto 92, um cruzamento rasteiro de Calhanoglu foi desviado por um zagueiro veronense — o próprio defensor, sem querer, empurrou a bola para dentro da rede. O estádio caiu em silêncio. O banco do Inter, em contrapartida, explodiu em comemoração.

“Jogamos bem. É sempre difícil aqui, e jogos às 12h30 nunca são fáceis. Com um pouco de sorte — que às vezes a gente precisa — conseguimos vencer. Estamos felizes”, disse Calhanoglu após o apito final, em entrevista à DAZN. Ele ainda acrescentou: “Tenho esse toque desde criança, mas trabalhei duro ao longo dos anos: pênaltis, faltas, chutes de longe. É preciso sempre melhorar.”

Chivu e a nova identidade do Inter

Desde que assumiu o cargo no início da temporada 2025-2026, Cristian Chivu, ex-zagueiro romeno de 44 anos, transformou o Inter. Não apenas com tática, mas com mentalidade. A equipe, que perdeu por 3-1 para o Napoli na rodada anterior, mostrou maturidade neste domingo. Não se desesperou, não desistiu. Ainda que sem jogadores como Lautaro Martínez ou Marcus Thuram — ambos lesionados —, o time manteve a estrutura e a disciplina.

“Ele sempre tenta nos fazer melhores”, afirmou o zagueiro suíço Manuel Akanji, de 29 anos, em entrevista ao SempreInter.com. “Não é só sobre o que fazemos no campo. É sobre como pensamos, como nos recuperamos de erros. Ele nos ensina a jogar com a cabeça.”

Essa mudança de mentalidade é visível nos números. O Inter venceu quatro das últimas cinco partidas contra o Hellas Verona — incluindo uma vitória por 1-0 em maio deste ano. E agora, com 15 rodadas ainda pela frente, os nerazzurri estão a apenas três pontos da liderança, com 41 pontos em 23 jogos. A pressão aumenta, mas a confiança também.

Um jogo que vai além dos três pontos

Além da classificação, essa vitória tem outro peso: a confirmação de que o Inter não depende mais de um único jogador para vencer. Calhanoglu, que chegou ao clube em 2021 após passagens por Bayer Leverkusen e AC Milan, é o líder técnico, mas não é mais o único protagonista. Zielinski, que chegou no ano passado, está em ótima fase. Akanji, com sua calma e leitura de jogo, é a pedra angular da defesa. E o jovem goleiro Jonás Ramalho, de 21 anos, fez duas defesas decisivas no segundo tempo — uma delas em chute de fora da área, com a perna esquerda.

Essa é a nova identidade do Inter: coletivo, resistente, inteligente. Não precisa de golos espetaculares. Precisa de foco. E isso, em uma temporada tão equilibrada como a atual, pode ser o diferencial.

O que vem a seguir?

O que vem a seguir?

Na próxima rodada, o Inter enfrenta o AC Milan no San Siro, em 9 de novembro. O clássico da cidade promete ser decisivo. Se o Inter vencer, pode assumir a liderança. Se empatar ou perder, o Napoli — que venceu o Sassuolo no mesmo dia — pode se afastar. O jogo não é só contra o rival. É contra o tempo. Contra a pressão. Contra a expectativa.

Enquanto isso, Verona segue lutando para fugir da zona de rebaixamento. Com apenas 17 pontos, a equipe de Paolo Zanetti precisa de milagres. E o gol contra, que custou a partida, pode pesar na cabeça dos jogadores nas próximas semanas.

Contexto histórico: um duelo que não é equilibrado

Historicamente, o Hellas Verona nunca foi um pesadelo para o Inter. Nas últimas cinco partidas entre os dois, os nerazzurri venceram quatro e empataram uma. A última vitória veronese foi em 2019 — há seis anos. Desde então, o Inter tem dominado o confronto, especialmente em casa. Mas em Verona, o estádio é quase uma fortaleza para os donos da casa. O fato de o Inter ter vencido lá, em pleno horário de almoço, com um time sem seus principais atacantes, é um sinal de que o time está evoluindo.

Frequently Asked Questions

Como a vitória contra o Verona afeta as chances do Inter na Serie A?

A vitória elevou o Inter para 41 pontos, a apenas três da liderança, com 15 rodadas restantes. Em uma temporada tão equilibrada, onde cinco times estão separados por menos de cinco pontos, cada ponto conta. A equipe agora tem mais confiança e menos pressão, especialmente após a derrota para o Napoli. Vencer fora de casa, em um estádio difícil como o Bentegodi, é um sinal de que o time está maduro para brigar pelo título.

Por que o gol de Calhanoglu foi tão importante, mesmo sendo apenas uma assistência?

Calhanoglu não só criou o gol de Zielinski com um passe de precisão, como também controlou o ritmo do jogo durante os 90 minutos, completando 94% dos passes e realizando cinco recuperações de bola. Ele é o cérebro tático do Inter. Sem ele, o time perde fluidez. Seu desempenho contra o Verona foi comparado ao de Xavi ou Iniesta nos tempos de ouro — não por gols, mas por inteligência e controle.

O que mudou no Inter desde a chegada de Cristian Chivu?

Antes, o Inter era um time que dependia de gols individuais e da inspiração de Lautaro. Agora, é um time organizado, com pressão alta, transições rápidas e defesa coletiva. Chivu eliminou a dependência de jogadores individuais e criou um sistema que funciona mesmo sem os titulares. A equipe sofreu menos gols nos últimos 10 jogos — de 1,8 por jogo para 0,9. É uma transformação tática real.

O gol contra no fim do jogo foi sorte ou erro da defesa do Verona?

Foi uma combinação dos dois. O cruzamento de Calhanoglu foi intencional e bem colocado, mas o zagueiro veronense, sob pressão, tentou desviar com o corpo em vez de afastar. Ele não estava posicionado corretamente — um erro de leitura de jogo. O Inter criou a chance, mas o erro do adversário foi decisivo. Na Premier League, isso seria chamado de “luck”, mas na Serie A, é o resultado de pressão constante.

Qual é o próximo desafio do Inter após essa vitória?

O clássico contra o AC Milan, em 9 de novembro, no San Siro. É o jogo mais importante da temporada até agora. O Milan está a quatro pontos da liderança e precisa vencer para manter viva a disputa. O Inter, por sua vez, pode assumir a ponta com uma vitória. O clima será elétrico, e o resultado pode definir quem será o favorito ao título.

Há riscos de lesões ou desgaste para o Inter após esse jogo?

Sim. O time jogou com apenas três zagueiros titulares, e Akanji e Dumfries tiveram 90 minutos intensos. Além disso, Calhanoglu foi substituído apenas aos 87 minutos — algo incomum para um jogador de 31 anos. O técnico Chivu já admitiu que pode fazer rodízio na próxima rodada, especialmente no meio-campo, para evitar sobrecarga. A agenda apertada — com jogo contra o Milan e depois contra a Lazio — exige cuidado.

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