Hemorragia intracraniana: entenda o que acontece e como reagir
Uma hemorragia intracraniana (ou sangramento no cérebro) parece coisa de filme, mas pode acontecer de verdade e mudar a vida num instante. O sangue que vaza dentro do crânio cria pressão, atrapalha o funcionamento dos neurônios e, se não for tratado rápido, pode causar sequelas graves ou até a morte.
O bom de saber sobre o assunto é que, reconhecendo os sinais, você pode chamar socorro antes que o estrago seja maior. Vamos conferir o que costuma levar a esse sangramento, como perceber que está acontecendo e quais passos seguir para ter o melhor desfecho possível.
Causas e fatores de risco
A maioria das hemorragias intracranianas está ligada a pressão arterial alta (hipertensão). Quando a pressão fica cronicamente elevada, os vasos finos do cérebro enfraquecem e podem romper. Outros gatilhos são:
- Traumas: quedas, acidentes de carro ou pancadas na cabeça.
- Aneurismas: dilatações na parede dos vasos que podem estourar.
- Distúrbios de coagulação: uso de anticoagulantes ou doenças que impedem o sangue de coagular.
- Abuso de álcool e drogas: aumentam o risco de ruptura vascular.
- Malformações vasculares congênitas: defeitos presentes desde o nascimento.
Se você tem hipertensão, diabetes, colesterol alto ou históricos familiares de AVC, fique ainda mais atento. O controle da pressão com medicação e estilo de vida saudável reduz muito a chance de sangramento.
Quando buscar ajuda e tratamento
Os sinais podem aparecer de repente e se manifestar de formas diferentes, dependendo da área afetada. Fique alerta para:
- Dor de cabeça intensa e inesperada, como se alguém estivesse batendo com um martelo.
- Vômitos, especialmente se forem em sequência.
- Dificuldade para falar, entender ou confusão mental.
- Fraqueza ou dormência em um lado do corpo.
- Perda de consciência ou convulsões.
- Visão turva ou dupla.
Se perceber qualquer um desses sintomas, ligue imediatamente para o SAMU (192) ou procure o pronto‑socorro mais próximo. Não tente dirigir por conta própria; o caminho pode ser perigoso e atrasar o atendimento especializado.
Nos hospitais, o diagnóstico costuma ser feito com tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). O tratamento varia:
- Cirurgia: para remover o sangue acumulado e reparar vasos rompidos.
- Medicamentos: para controlar pressão, prevenir convulsões e reduzir edema cerebral.
- Reabilitação: fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia ajudam na recuperação de funções motoras e de fala.
O tempo é essencial. Cada minuto conta para preservar tecido cerebral e evitar sequelas permanentes.
Depois de tudo resolvido, a prevenção continua. Mantenha a pressão arterial sob controle, pare de fumar, reduza o consumo de álcool e faça exames de imagem regulares se houver fatores de risco. Uma alimentação rica em frutas, legumes e fibras, aliada a exercícios físicos, também ajuda a manter os vasos saudáveis.
Lembre‑se: conhecer os sinais e agir rápido pode salvar vidas e evitar danos irreversíveis. Compartilhe essa informação com amigos e familiares, porque nunca se sabe quem pode precisar dessa dica num momento crítico.