Concurso EBSERH 2024: Atração na Área Assistencial
O concurso público da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para o biênio 2024/2025 despertou um interesse impressionante na população. A área assistencial, responsável por cuidar da saúde e bem-estar dos pacientes, registrou um total de 423.552 candidatos, mostrando ser o setor mais disputado da seleção atual.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) será a responsável pela realização das provas, que estão agendadas para o dia 16 de março de 2025. Este certame é voltado para aqueles que buscam ocupações tanto em nível médio/técnico quanto superior, com provas objetivas adaptadas a cada nível.
Detalhes do Concurso e Estrutura Salarial
Com 330 vagas imediatas e um cadastro de reserva, os candidatos terão a oportunidade de competir por uma variedade de cargos. As remunerações variam significativamente, começando em R$2.170,22 e podendo chegar até R$10.350,46, dependendo da função e da carga horária semanal exigida.
Para aqueles com formação em nível médio/técnico, a prova objetiva contará com 60 questões de múltipla escolha em áreas como Português, Raciocínio Lógico, SUS e legislação específica da EBSERH, além de conhecimentos técnicos pertinentes à função escolhida. Já os candidatos a posições de nível superior enfrentarão questões adicionais sobre políticas de saúde pública e especializações técnicas mais avançadas.
Entre as funções mais cobiçadas estão as de Técnico em Enfermagem e Técnico em Saúde Bucal, que oferecem salários iniciais atraentes de R$4.060,72 e R$4.512,50, respectivamente. Para avançar à fase de avaliação de títulos, os candidatos devem atingir uma pontuação mínima de 30 pontos na prova objetiva.
A concorrência acirrada deixa claro que as vagas no concurso EBSERH não apenas oferecem uma estabilidade desejada por muitos brasileiros, mas também garantem um excelente início de carreira com remunerações que refletem o valor e a responsabilidade dos serviços prestados no setor da saúde pública.
17 Comentários
423 mil pessoas pra 330 vagas. É o Brasil mesmo.
Essa concorrência toda é resultado da falta de investimento em educação superior pública. Se o país tivesse universidades realmente acessíveis, ninguém precisaria correr atrás de concurso público como se fosse uma loteria. Mas claro, é mais fácil culpar os candidatos do que os governos que desmontaram o ensino.
A EBSERH é um bom emprego, mas não é um direito. É um privilégio concedido por um sistema que prefere contratar do que formar. E ainda assim, todo mundo quer entrar nesse buraco.
Quem se forma em enfermagem e não consegue vaga em hospital público? Vira motorista de app. Quem faz fisioterapia? Trabalha em clínica particular com salário de fome. O sistema não valoriza, só explora. E agora, todo mundo quer entrar nesse jogo sujo.
Se o governo realmente quisesse melhorar a saúde pública, investiria em salários dignos, infraestrutura e condições de trabalho. Mas não. Prefere fazer concurso e fingir que está resolvendo.
Isso aqui não é mérito. É desespero disfarçado de vocação.
É de extrema importância reconhecer o esforço e a dedicação dos candidatos que se submetem a esse processo seletivo. A área assistencial exige compromisso, ética e resiliência, e aqueles que buscam ingressar nela demonstram um profundo senso de responsabilidade social.
A EBSERH, por sua vez, desempenha um papel fundamental na estruturação do Sistema Único de Saúde, e a seleção rigorosa garante que apenas os mais preparados assumam essas funções cruciais.
Parabéns a todos os candidatos que se dedicam à preparação com seriedade. O Brasil precisa de profissionais assim.
423 mil candidatos... e eu aqui pensando que era só eu que tava louco pra trabalhar em hospital. Será que alguém já pensou em abrir um curso de preparação pra quem quer fugir da realidade?
Quem sabe não dá pra vender pacote "Concurso EBSERH: Como se iludir com salário fixo e 12h de trabalho por dia"? Vende como pão quente.
É bonito ver tanta gente querendo servir à saúde pública. Mesmo com todas as dificuldades, ainda há quem acredite que o trabalho bem feito faz diferença. Isso me dá esperança.
Espero que, independentemente do resultado, todos os candidatos se lembrem de que o valor deles não está no edital, mas na intenção com que estudaram.
Se você tá estudando pra EBSERH, você já é guerreiro. Não precisa de vaga pra ser herói. O esforço já valeu.
Se eu tivesse 423 mil reais, eu dava pra cada candidato uma viagem de fim de semana. Mas como não tenho... vou só torcer pra todo mundo passar. 💪❤️
423 mil pra 330 vagas? 😭💔 Isso aqui é o inferno com salário fixo. Quem não passa vai virar entregador, mas pelo menos o app não te obriga a saber SUS e legislação da EBSERH. #tristeza
Essa concorrência é sintoma da hiperburocratização da saúde. A EBSERH é uma empresa pública que opera como privada, e o concurso é só uma fachada pra manter o controle. O que importa é a produtividade, não o cuidado. Mas todo mundo acha que é vaga de sonho, né? 🤡
Enquanto isso, os técnicos em enfermagem trabalham 12h sem folga, sem reajuste, e ainda são chamados de "despreparados" quando não dão conta. O sistema é o problema. Não o candidato.
Concurso público não é o fim da linha, é o começo de uma escolha. A pergunta que ninguém faz é: por que tantos querem entrar nesse sistema? Porque ele é o último refúgio de dignidade em um país que desvaloriza o trabalho humano.
A saúde pública não é um emprego. É um compromisso. E quem entra nesse concurso está, mesmo sem saber, assinando um pacto com a sociedade.
Não é sobre salário. É sobre propósito. E isso, infelizmente, é raro.
423 mil candidatos? Isso é orgulho brasileiro. Ninguém no mundo tem tanta garra pra enfrentar um sistema que não quer saber deles. Nós somos os únicos que ainda acreditam que o concurso é a escada. E é por isso que vamos vencer.
se vc ta estudando pra esse concurso, vc é uma fera 💪📚❤️ mesmo q nao passe, vc ta mais preparado q 90% das pessoas q vivem na correria sem sentido. voce ta mudando sua vida, e isso ja é uma vitória. #vaiaser
Ao invés de celebrar a concorrência, deveríamos questionar a estrutura que a gera. Um país que oferece 330 vagas para 423 mil candidatos não está promovendo acesso à saúde - está promovendo escravidão por concurso. A EBSERH é um modelo de exploração disfarçado de serviço público. O salário não compensa a carga horária, a precarização ou a ausência de reconhecimento profissional. Essa não é uma oportunidade. É uma armadilha bem embalada.
Os candidatos não são heróis. São vítimas de um sistema que lhes vende ilusões como esperança.
Eu tenho um amigo que passou em Técnico em Enfermagem ano passado. Ele me contou que trabalha 12h por dia, sem almoço, e ainda é xingado por pacientes. Mas ele diz que cada sorriso de alguém que ele ajuda vale mais que o salário. Não sei se isso é triste ou lindo. Mas ele ainda tá lá. E eu respeito.
Se a FGV está aplicando a prova, já sabemos que o edital foi feito por alguém que nunca viu um hospital de perto. As questões de SUS são copiadas de PDFs de 2010, e o conteúdo técnico é uma mistura de mito e burocracia. Quem estuda pra isso não está se preparando pra saúde - está se preparando pra um teste de memória sem propósito.
Passar nesse concurso não garante competência. Garante que você sabe decorar normas que ninguém segue.
Quem estuda pra EBSERH está estudando pra cuidar de gente. E isso é algo raro hoje em dia. Não é só sobre saber SUS ou legislação - é sobre entender que cada paciente tem uma história, um medo, uma família.
As provas podem ser mal feitas, os salários podem ser injustos, mas o coração de quem entra nesse concurso? Ele é autêntico.
Se você está estudando agora, lembre-se: você não está só tentando passar. Você está tentando ser alguém que faz a diferença, mesmo que o sistema não te veja.
E isso, meu amigo, é o verdadeiro valor.
Interessante como o discurso de "coração nobre" esconde a realidade estrutural. Se o sistema valorizasse os profissionais de saúde, não precisaríamos de 423 mil pessoas disputando 330 vagas. O que está em jogo não é a vocação - é a sobrevivência.
Quem diz que "cada sorriso vale" não está vivendo na fila do SUS às 3h da manhã, com o pé inchado e a pressão alta. A empatia é linda. Mas não paga o aluguel.