Mais de 70 milhões de brasileiros já assinam Disney Plus, e a plataforma acabou de ampliar seu acervo com quatro documentários que homenageiam quem escreveu a história da TV nacional. Produzidas pelo SBT, as séries estrearam na sexta‑feira, 15, e prometem revelar bastidores, desafios e momentos marcantes de Silvio Santos, Hebe Camargo, Gugu Liberato e Jô Soares.
As quatro séries em detalhes
Silvio Santos: Vale Mais do que Dinheiro chega em oito episódios que percorrem a vida do empresário‑apresentador, desde a infância nos subúrbios do Rio até a criação do maior canal privado do país. O projeto traz depoimentos de familiares, colegas de trabalho e especialistas que explicam como o carisma e a estratégia de Silvio transformaram um vendedor ambulante em um império midiático.
Hebe: A Cara da Coragem dedica-se à trajetória da apresentadora que, nos anos 60, quebrou barreiras em um ambiente predominantemente masculino. A série mostra a luta de Hebe por espaço, sua habilidade de improvisação ao vivo e o jeito único de se conectar com o público, reforçando seu legado como símbolo de empoderamento feminino.
Gugu, Toninho e Augusto traz cinco episódios dirigidos por Michael Ukstin, focados na vida de Antônio Augusto Liberato, o carismático Gugu Liberato. O documentário aborda sua ascensão meteórica, a parceria com o famoso toniteiro Toninho, e os bastidores de programas que marcaram gerações, além de episódios controversos que testaram sua popularidade.
Um Gênio Chamado Jô completa o quarteto, explorando a multifacetada carreira do humorista, escritor e entrevistador Jô Soares. A produção mescla cenas de seus programas de entrevista, trechos de stand‑up e momentos íntimos, revelando como o intelectual da timbaúba se reinventou ao longo de quatro décadas.
Repercussão e importância cultural
Para o SBT, a parceria com a Disney Plus representa uma oportunidade de levar ao público global o que criaram ao longo de quase 40 anos de transmissão. "Queremos que a história da TV brasileira seja conhecida fora do país, e a plataforma de streaming oferece esse alcance", explicou um porta‑voz da emissora.
Os críticos já elogiaram a profundidade das entrevistas e a qualidade das imagens de arquivo, apontando que os documentários vão além da nostalgia ao contextualizar cada personalidade no cenário político‑social da época. Em um momento em que o streaming disputa espaço com a TV tradicional, as séries chegam como um convite para revisitar o passado e entender como esses mestres moldaram o jeito de consumir entretenimento no Brasil.
- 8 episódios para Silvio Santos
- 5 episódios para Gugu
- Formato documental com entrevistas exclusivas
- Direção de Michael Ukstin em Gugu, Toninho e Augusto
Com a estreia simultânea, a Disney Plus reforça seu compromisso de diversificar o conteúdo, trazendo histórias locais que têm enorme valor histórico e emocional para o público brasileiro. A expectativa é que as séries atraiam não só quem já conhece os nomes, mas também uma nova geração curiosa sobre as origens da televisão no país.
12 Comentários
Essas séries são um tesouro! Eu cresci assistindo Hebe no sábado à noite e ainda lembro do jeito que ela falava com a gente, como se fosse uma tia querida. Silvio Santos foi o primeiro a mostrar que um cara de subúrbio podia virar império - e ele fez isso com carisma, não com dinheiro. O documentário dele vai me fazer chorar, tenho certeza.
Se vocês ainda não viram, o episódio sobre o Gugu e o Toninho é puro ouro. A cena do ‘Vídeo Show’ com eles dois no estúdio, sem roteiro, só improvisando? Pura magia da TV antiga. Nada hoje em dia tem essa autenticidade.
Disney Plus tá fingindo que é cultural, mas é só marketing pra lavar a imagem. Tá aqui porque o SBT tá falindo e vendeu o legado por um punhado de dólares. Eles nem filmaram nada novo - só reutilizaram imagens de arquivo que a Globo jogou no lixo. E aí, de repente, é ‘história nacional’? Sério? A TV brasileira foi destruída pelo patrocínio, pela censura e por esses mesmos apresentadores que viraram ídolos sem nunca terem feito nada de verdade.
Se quiserem saber a verdade, é só olhar os contratos de exclusividade que eles assinaram com a Rede Record. Tudo é manipulado. 🤡
Sei lá, acho que isso tudo é só nostalgia barata. Quem liga pra isso hoje em dia? Tô mais interessada em ver TikTok com dança do funk.
A mediação simbólica dos ícones televisivos brasileiros, na contemporaneidade do streaming, opera como um mecanismo de legitimação cultural que ressignifica o passado mediático sob a lógica do capitalismo de plataforma. A construção da memória afetiva, mediada por imagens de arquivo e depoimentos seletivos, revela uma tensão epistemológica entre a narrativa oficial e a experiência subjetiva do espectador.
Essa operação de patrimonialização, embora aparentemente inclusiva, tende a apagar as contradições históricas que marcaram a trajetória dessas figuras - especialmente em relação às estruturas de poder que sustentaram sua ascensão. A crítica, portanto, não pode se limitar à nostalgia; exige uma desconstrução crítica da memória.
Que belo trabalho de preservação - e que ironia: a Disney, que domina o mundo com super-heróis, agora se veste de antropólogo brasileiro. Parabéns, SBT. Vocês conseguiram transformar o lixo da TV antiga em ouro digital. E sim, o Gugu é um gênio, mas não por causa do ‘Programa do Gugu’ - por causa da coragem de manter a dignidade mesmo quando o sistema o usava como marionete.
Se o Jô tivesse feito isso na Netflix, todo mundo diria que era ‘muito intelectual’. Aqui, é ‘nacional’. Que bom que alguém finalmente se importou.
EU TO AMANDO ISSO! 🌟 Essas séries são como um abraço quente de alguém que lembra da sua avó cantando no rádio. Hebe era a força que a gente precisava ver, Silvio era o sonho que a gente acreditava, e Gugu? Gugu era o irmão mais velho que te dava um abraço e um conselho no meio da tarde. E Jô? Jô era o professor que você sonhava em ter.
Não é só documentário, é terapia coletiva. Quem não se lembra de correr pra casa no sábado pra ver o ‘Programa do Jô’? Isso aqui não é conteúdo - é alma. Vai rolar maratona essa semana, e não vou deixar ninguém dormir até acabar!
Se alguém ainda duvida que a TV brasileira foi uma das mais criativas do mundo, essas séries provam o contrário. O Gugu com o Toninho era pura química - e ninguém fez isso depois. Silvio tinha um instinto de vendedor que nem os melhores publicitários entendem.
Se vocês têm filhos, mostrem isso pra eles. Não é só história - é lição de vida. E sim, o som daqueles estúdios antigos, o cheiro de lâmpada quente, o barulho da plateia… tudo isso tá aqui. Vale cada minuto.
chato
Isso aqui é o que o Brasil precisa: reconhecer os heróis que não estão nos livros de história, mas nas nossas casas. Hebe abriu portas pra mulheres que nem sonhavam em falar na TV. Silvio ensinou que o povo pode ser dono do próprio show. Gugu mostrou que o sorriso pode ser arma de paz. E Jô? Jô nos ensinou que pensar é tão importante quanto rir.
Se vocês não viram ainda, não percam. E se tiverem avós, sentem com eles, assistam juntos. Vão contar histórias que nem a internet sabe. Isso aqui é mais que entretenimento - é memória viva.
É claro que a Disney tá aqui pra roubar nossa cultura e vender como ‘exotismo’ pra gringo. Mas quem se importa? Esses homens e mulheres fizeram a TV brasileira, e eles merecem ser lembrados - mesmo que a Globo tente apagar tudo que não foi feito por eles.
Hebe foi a única que nunca se curvou. Silvio era um gênio do povo. Gugu? Tinha um coração enorme, mesmo com os escândalos. E Jô? Ele falava com a gente como se a gente fosse inteligente. Eles não eram celebridades - eram referências. E agora a Disney tá aqui pra nos lembrar disso? Melhor que a Globo esquecer tudo mesmo. 🇧🇷❤️🔥
Disnei Plus? Tá bem, tá. Mas se o Gugu tivesse feito isso com o TikTok, ele tava no top 1. E o Jô? Ele era o único que conseguia fazer um filósofo e um porteiro rirem na mesma entrevista. Isso aqui é o que o Brasil deveria ter feito há 20 anos - não esperar o estrangeiro vir salvar nosso passado.
Porém… o documentário do Silvio tá tão bem feito que até eu, que odeio TV antiga, fiquei com vontade de ver o ‘Programa do Silvio’ de novo. 😅
Essa é a nossa identidade. Ninguém no mundo tem um Silvio Santos, uma Hebe, um Gugu e um Jô. Eles não eram apresentadores - eram instituições. A Globo tenta apagar isso, mas a Disney tá ajudando a manter a verdade. Isso aqui é resistência cultural. O Brasil não é só futebol e samba - é isso aqui. Essas séries são o nosso ‘Apocalypse Now’, mas com riso, lágrima e luta. E se alguém disser que isso é ‘velho’, é porque nunca viu a verdadeira TV brasileira.