
Empate sem gols entre Atlético-MG e Corinthians agita a Arena MRV
O sábado foi de frustração para quem encheu a Arena MRV esperando ver bola na rede. Atlético-MG e Corinthians protagonizaram um empate sem gols pela 10ª rodada do Brasileirão 2025, num duelo que trouxe muita aplicação tática, mas poucas emoções ofensivas. Mais de 38 mil torcedores, que pagaram um total de R$2 milhões, viram dois times que priorizaram a segurança defensiva em Belo Horizonte.
O Corinthians começou mostrando personalidade, controlando a posse e rodando a bola com paciência no campo de defesa do Atlético. O time paulista amadureceu a construção, buscando espaços, porém sem conseguir ameaçar seriamente o gol do Galo no primeiro tempo. A estratégia do técnico Dorival Jr. era clara: não se expor, manter a bola e tentar minar a resistência atleticana com o tempo.
Só que o Atlético, comandado por Cuca, não ficou parado esperando o adversário jogar. Aos poucos, foi encaixando a marcação e saindo em velocidade, especialmente pelas laterais. Na segunda etapa, empurrado pela torcida, o Galo subiu as linhas e passou a pressionar mais, criando um ou outro lance de perigo, mas parando sempre na organizada defesa corinthiana. Houve até oferta de alterações: nomes como Yuri Alberto e Romero apareceram, tentando dar gás novo.
Marcação intensa e cartões dominam a partida
Quem gosta de grandes jogadas e lances plásticos certamente não saiu satisfeito, embora o duelo tenha sido animado na disputa física. Seis jogadores viram o cartão amarelo: Lyanco e Rubens pelo lado atleticano, Cacá, João Pedro, Ryan e Romero entre os visitantes. As entradas duras não passaram despercebidas pelo árbitro Rafael Rodrigo Klein, que manteve o controle com pulso firme, respaldado pelo VAR de Daniel Nobre Bins.
A escassez de chances claras mostrou o quanto ambos os times estavam preocupados em não errar. Os goleiros — inclusive Hugo Souza, que defendeu o Corinthians — foram pouco exigidos, sinal de que as linhas defensivas funcionaram bem. O Atlético contou com Raniele e Ryan sendo volantes combativos, enquanto Talles Magno tentou alguma coisa lá na frente, mas sem sucesso. Já o Corinthians repetiu o padrão: muita posse, pouca precisão no momento final.
Apesar do 0-0, a torcida não arredou pé até o apito final, esperando uma reviravolta que não veio. Mesmo assim, a renda milionária e o grande público mostraram o peso desse confronto no Brasileirão. Atlético-MG e Corinthians, agora, mudam o foco: o Galo recebe o Cienciano, do Peru, pela Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira, enquanto o Timão pega o Huracán, na Argentina. Novos desafios que prometem pautas bem diferentes — porque, afinal, todo zero a zero deixa aquela sensação de tarefa pendente.