Série D: Maranhão goleia o ASA e confirma acesso; Alagoas fica sem clube na Série C em 2026

Série D: Maranhão goleia o ASA e confirma acesso; Alagoas fica sem clube na Série C em 2026

O jogo que decidiu o acesso

O ASA viu o sonho do acesso ruir em casa. Derrota por 3 a 0 para o Maranhão no jogo de volta das quartas de final da Série D, somando 4 a 0 no agregado, e fim da campanha. A noite de 6 de setembro de 2025 em Arapiraca marcou não só a eliminação, mas também a confirmação de um cenário duro: Alagoas ficará sem representante na Série C em 2026.

A missão já era pesada depois do 1 a 0 no Castelão, em São Luís, no dia 30 de agosto. Lá, Clessione viveu de tudo: perdeu pênalti e, nos minutos finais, marcou o gol da vitória do Maranhão. A virada de chave para Arapiraca exigia um ASA agressivo, rápido e preciso. O que se viu, porém, foi um visitante dominante desde o primeiro apito.

Com intensidade e organização, o Maranhão abriu o placar cedo, aos 13 minutos, com Ryan Lima. O gol esfriou o ambiente e expôs a ansiedade do ASA, que precisava de dois para levar aos pênaltis e de três para virar. O golpe seguinte veio aos 29: Keven ampliou e praticamente liquidou a disputa, transformando a volta num jogo de controle e gestão para os maranhenses.

O ASA voltou do intervalo tentando encurtar espaços, adiantou linhas e buscou mais presença na área. Faltou capricho no último passe e repertório para furar o blocão rival. Seguro, o Maranhão não se desesperou e esperou a brecha certa. Ela veio aos 72 minutos, de novo com Ryan Lima, que fechou o 3 a 0 e carimbou a vaga nas semifinais.

No agregado, 4 a 0. Sem espaço para debate. Quartas de final da Série D são o mata-mata do acesso: quem vence sobe e segue no campeonato. O Maranhão, então, cumpre a missão dupla — sobe para a Série C de 2026 e entra na semifinal para brigar por título. O ASA, por sua vez, permanece na quarta divisão.

  • Ida — 30/08, Castelão (SLZ): Maranhão 1 x 0 ASA (gol de Clessione nos acréscimos após pênalti desperdiçado)
  • Volta — 06/09, Arapiraca: ASA 0 x 3 Maranhão (gols de Ryan Lima, Keven e Ryan Lima)
  • Placar agregado: Maranhão 4 x 0 ASA
  • Status: Maranhão promovido e semifinalista; ASA segue na Série D

Do ponto de vista tático, a série contou a mesma história nos dois jogos: Maranhão compacto, linhas próximas e saída rápida ao recuperar a bola. Quando precisou propor, soube circular sem se expor. Quando o duelo pediu transição, acelerou com eficiência. Ao ASA, faltou profundidade pelos lados e um meia que acelerasse a jogada entre linhas. As poucas finalizações limpas foram de média distância, fáceis de controlar.

Em Arapiraca, o roteiro ficou ainda mais evidente depois do primeiro gol. Com a urgência de buscar três, o ASA se abriu e ofereceu o campo que o Maranhão queria. O segundo gol nasce dessa leitura: recuperação, passe vertical e frieza na conclusão. A partir daí, a equipe maranhense passou a ditar o ritmo, diminuiu o risco e matou o jogo quando surgiu a chance no segundo tempo.

O que muda para ASA, Maranhão e o futebol de Alagoas

Para o ASA, a permanência na Série D tem peso técnico e financeiro. O calendário nacional é mais curto, a exposição é menor e a arrecadação depende muito do estadual, de eventuais classificações para copas e de uma gestão afinada de elenco. Na prática, o clube volta para o planejamento imediato: mapear saídas, definir renovações, olhar para a base e atacar o mercado com precisão — especialmente em posições que mostraram carência nesta reta final.

O impacto também é estadual. Sem clube de Alagoas na Série C em 2026, o degrau intermediário do desenvolvimento de atletas fica vazio. A transição entre a elite regional e o cenário nacional sofre, as janelas de TV encolhem e a régua competitiva cai. Em termos de projeto, isso pressiona as diretorias locais a elevarem o nível do trabalho fora de campo: captação de receita, infraestrutura, análise de desempenho e scouting.

Do outro lado, o Maranhão muda de patamar. A Série C oferece calendário cheio, viagens mais longas e adversários com estilos variados. É um salto que pede estrutura: elenco mais encorpado, logística planejada e reforços pontuais sem estourar orçamento. O alento é que o acesso veio com autoridade, o que dá confiança para mirar a semifinal da Série D e, quem sabe, brigar pelo troféu enquanto prepara 2026.

Dentro de campo, fica a lição do embate. Em mata-mata, detalhe decide, mas aqui a diferença não foi detalhe. O Maranhão foi superior coletivamente, mais calmo nos momentos de pressão e certeiro nas chances. O ASA resistiu enquanto pôde, mas não transformou nervosismo em energia produtiva. No futebol, isso custa caro.

Próximo capítulo? O Maranhão volta as atenções para a semifinal, com a vaga e a torcida a favor de um desfecho histórico. O ASA, com a dor fresca da eliminação, precisa usar o baque como gatilho para reorganizar a casa. A temporada seguinte começa agora, no diagnóstico honesto do que funcionou e, principalmente, do que faltou.

Artigos Relacionados

Homem é Encontrado Morto em Poço de Elevador em Shopping de Curitiba: Tragédia Choca Comunidade Local

Homem é Encontrado Morto em Poço de Elevador em Shopping de Curitiba: Tragédia Choca Comunidade Local

Black Myth: Wukong deslumbra com jogabilidade inovadora e visuais estonteantes, dizem críticos

Black Myth: Wukong deslumbra com jogabilidade inovadora e visuais estonteantes, dizem críticos

18 Comentários

  1. Cidiane Oliveira Cidiane Oliveira

    Esse Maranhão foi uma máquina mesmo. Não teve milagre, foi superior em tudo. A gente vê o futebol de verdade quando o time joga junto e não depende de heróis isolados.

    Parabéns pra torcida de lá, que sempre foi fiel mesmo nos tempos difíceis.

  2. Joao Paulo Gomes de Oliveira Joao Paulo Gomes de Oliveira

    ASA tá no fundo do poço e ainda acha que o problema é o árbitro ou o gramado. O time tá desestruturado desde 2018 e ninguém fez nada. Só falam em crise quando perde.

  3. Adriana Rodrigues Adriana Rodrigues

    A gente fala tanto de futebol como reflexo da sociedade, mas quando o assunto é interior, todo mundo vira cego. O Maranhão investiu em base, em gestão, em scouting. O ASA só investiu em promessas que nunca viraram realidade. É uma lição de vida, não só de futebol.

    Quem acha que o problema é só técnico, tá enganado. É cultural.

  4. debora candida debora candida

    Se o ASA não tivesse perdido o pênalti na ida tudo seria diferente mas a verdade é que eles nunca tiveram chance mesmo porque o Maranhão é melhor e isso é fato e ponto final

  5. evandro junior evandro junior

    Ah, claro, mais um clube do Nordeste que sobe e todo mundo fala que é mérito. Mas será que não é só porque o ASA é desorganizado? Se fosse um time do Sul, a gente já tava falando de sorte, de árbitro, de favorecimento.

  6. Josiane Oliveira Josiane Oliveira

    O Maranhão mereceu. O ASA tá precisando de um reset completo. Base, gestão, transparência. Se não fizer isso, daqui a 5 anos nem Série D vai ter.

  7. Cleidiane Almeida de Sousa Cleidiane Almeida de Sousa

    Ryan Lima é o cara que todo mundo esquece que existe até ele fazer gol. Esse menino tá em um nível absurdo pra Série D. Já vi ele jogar na base do Sampaio e ninguém falou nada. Agora que subiu, virou fenômeno.

  8. Thiago Rocha Thiago Rocha

    O ASA tá sendo sabotado. O que você acha que aconteceu com o técnico? Despedido 15 dias antes da volta? E o goleiro que não jogou por "lesão"? Tá tudo planejado pra cair. O futebol brasileiro tá cheio de cartéis e o Maranhão é o novo braço do sistema. #Conspiração

  9. Débora Quirino Débora Quirino

    ASA foi destruído. Sem vergonha. Sem grana. Sem futuro. O Maranhão jogou como time, o ASA jogou como time de bairro.

  10. Bárbara Toledo Bárbara Toledo

    A eliminação do ASA representa uma falha estrutural no modelo de desenvolvimento do futebol alagoano, onde a subjetividade do emocional prevalece sobre a racionalidade da gestão esportiva. A ausência de um plano de longo prazo gera ciclos de frustração recorrentes.

  11. Thomás Elmôr Thomás Elmôr

    O Maranhão fez o que todo time que quer crescer precisa fazer: investiu em infraestrutura, contratou jogadores com caráter, e não deixou o emocional ditar o jogo. Enquanto isso, o ASA ainda acha que torcida gritando é estratégia. Parabéns, vocês perderam por incompetência, não por azar.

  12. ELIANE Sousa Costa ELIANE Sousa Costa

    O Maranhão tá com fome! E isso muda tudo! Quando o time joga com o coração, a bola não precisa de mapa pra achar a rede. Essa equipe é pura paixão com estrutura. E o ASA? Tava com medo de ganhar, não de perder. E isso é pior que qualquer derrota.

  13. Juscelino Campos Celino3x Juscelino Campos Celino3x

    O Keven é um jogador que ninguém fala, mas que faz o trabalho sujo. Ele cobriu 12km por jogo, marcou, ajudou na defesa, e ainda deu o gol. Esse é o tipo de jogador que vence campeonatos. O ASA não tinha ninguém assim.

  14. Dimensão Popular Dimensão Popular

    O futebol de Alagoas tá morto

  15. Juscelio Barros Andrade Juscelio Barros Andrade

    O Maranhão não é só um time que subiu, é um exemplo. Eles mostraram que é possível crescer sem virar palhaço da mídia. Sem gastar fortunas. Sem ter que vender o elenco todo. Só com trabalho, paciência e identidade. Isso é o que falta em todo o Nordeste.

  16. Kayla Dos Santos Kayla Dos Santos

    EU SOU MARANHENSE E NÃO VOU TOLERAR QUE FALDEM QUE O ASA É MELHOR QUE O NOSSO TIME. ELES NÃO TÊM HISTÓRIA NEM RAIZ NEM CORAÇÃO. O MARANHÃO É O VERDADEIRO REPRESENTANTE DO NORDESTE! VAI TIRAR O FUTEBOL DO PAÍS? NÃO VAI NÃO! VAMOS GANHAR A SÉRIE C E DEPOIS A SÉRIE B E AÍ VAMOS VER SE O ASA AINDA VAI FALAR QUE É GRANDE! 🇲🇦🔥🔥🔥

  17. Diego Campos Aquino Diego Campos Aquino

    O Maranhão tá na Série C agora, mas o ASA tá na Série D da alma. Ninguém tá vendo que o problema é que o clube virou um museu de promessas? O que sobrou foi o nome, o escudo e a dor. O resto? Sumiu com o último patrocinador.

  18. Michel Soares Pintor Michel Soares Pintor

    O Maranhão tem uma estrutura de elite. O ASA é um clube de bairro com nome de time profissional. A Série D não é lugar pra clube que não tem plano. Eles não mereciam nem estar lá. O acesso foi uma injustiça histórica.

Escreva um comentário

Your email address will not be published. Required fields are
marked *